5 Principais desafios da Inovação no Brasil

Guilherme Tângari
Índice

A inovação é um tema constante no mundo atual. Independente do ramo, é fundamental que uma empresa se reinvente e inove para melhorar os resultados. Ao mesmo tempo, evoluir não é fácil e, quando falamos de inovação, temos alguns desafios para superar.

Quando falamos de inovação em nosso país, temos algumas características que dificultam – mas não impedem – que ela aconteça.

Você conhece os 5 principais desafios da inovação no Brasil? Preparamos um artigo sobre o tema, continue lendo para entender e, assim, superá-los.

1 – Amadurecimento empresarial

O principal desafio, e que demanda um esforço enorme para que seja modificado, é o amadurecimento empresarial e sua resistência para a inovação. Além dos outros motivos que apresentaremos aqui – que também atrapalham o processo de inovação em nosso país -, a falta de confiança em todo o ciclo de inovação certamente prejudica os resultados.

Apesar do cenário estar em constante evolução, ainda existem muitas empresas que simplesmente não acreditam que a inovação é um processo fundamental para o desenvolvimento empresarial. Pior: muitas empresas acreditam que a inovação é para poucos e, geralmente, para empresas da área de tecnologia e bilionárias, como Google, Apple, Microsoft, Netflix, etc.

A inovação é para todos. Independente do seu ramo ou do porte da sua empresa, sempre há espaço para inovar. Mesmo que você não consiga uma tecnologia disruptiva, sempre há um detalhe na rotina que pode ser modificado – e que impacta diretamente nos resultados.

Além disso, é importante saber que inovação é diferente de invenção – abordamos esse tema nesse artigo –, e compreender essa diferença é essencial para adotá-la como cultura.

Portanto, busque a inovação nas pequenas coisas. Você não precisa de 50 engenheiros trabalhando 12 horas em uma sala para inovar. A inovação pode ser feita com a mudança de processos ou de rotinas que impactam o desempenho da empresa. Lembre-se que a inovação deve se enquadrar na sua atividade, então não adianta querer construir um foguete se a sua atividade principal é fabricar peças para automóveis, por exemplo.

2 – Pessoas

Outro grande desafio está nos recursos humanos. Depender de pessoas em um processo de inovação é totalmente válido, mas ela não pode ser uma grande barreira neste quesito.

Não podemos esperar a pessoa certa, com perfil inovador, para começar a inovar. Esse deve ser um pensamento constante que, inclusive, deve sempre ser desenvolvido na equipe. Todo mundo tem um lado criativo, mesmo que subdesenvolvido, e que pode ser melhorado com a prática.

Estimule os funcionários a pensarem de forma inovadora. Dê as condições necessárias para que se desenvolvam e, quando chegar a hora, utilize os recursos humanos em uma área específica que busque a inovação de forma rotineira.

Impedir a cultura de inovação por falta de pessoas “certas” é um erro grave. Não deixe que a empresa e seus funcionários sofram com essa decisão.

3 – Falta de investimentos

Assim como as pessoas, o dinheiro é um empecilho constante para a falta de inovação. Neste quesito, é comum as empresas não investirem em buscar coisas novas, que agreguem valor para seu dia a dia, por falta de investimento.

Provavelmente sua empresa pode ter uma realidade mais enxuta, onde não se pode gastar grandes quantias de dinheiro para desenvolver uma ideia, mas certamente é possível inovar dentro da rotina atual, apenas com a mudança de algumas peças, o que certamente não custará muito. Nesse caso, vale sempre ressaltar que muitas inovações resultam em redução de custos e pagam os investimentos feitos no médio prazo.

Além desse cenário – e para empresas que desejam inovar em um nível maior – é necessário sim um investimento em inovação. Novas tecnologias, máquinas, pessoas mais capacitadas, serviços e técnicas custam dinheiro e precisam ser vistas como uma aposta para o futuro. Lembre-se que a inovação busca melhorar o presente para que o futuro seja melhor, portanto, investir em melhorias é sempre um bom negócio.

4 – Medo de arriscar

O quarto ponto está em destaque nos problemas da falta de inovação das empresas brasileiras. O medo de arriscar é o que ainda “segura” o processo e impede as melhorias em boa parte das organizações.

É importante ressaltar que toda mudança é um risco. Independente do nível da mudança, sempre haverá uma incerteza sobre o futuro e seus resultados, porém o aprendizado com uma inovação que não vingou é melhor do que nenhum aprendizado por ficar parado.

Infelizmente, esse não é um pensamento comum nas empresas do nosso país. Ainda trabalhamos com a mentalidade de buscar sempre um cenário estável, onde mexer-se pouco é melhor do que tentar alguma evolução. E é justamente isso que condena diversas empresas em tempos de crise: se você não corre riscos, ganhará pouco e, em tempos difíceis, ganhar pouco não será suficiente.

5 – Dúvida nos resultados

O quinto e último ponto, que abordaremos neste artigo, diz respeito aos resultados.

Assim como o fruto de uma inovação é sempre um risco, os resultados obtidos também podem não ser excepcionais no começo. Algumas inovações levam tempo para mostrar suas melhorias e, em alguns casos, os resultados podem não ser tão claros assim. E essa condição atrapalha a cultura de inovação, já que vivemos – cada vez mais – em um mundo imediatista e que busca resultados em curtíssimo prazo.

Portanto, a regra é trabalhar sempre com foco na evolução, mesmo que ela leve tempo para mostrar as caras. A Amazon, por exemplo, levou anos para se consolidar em seu ramo, mas, quando chegou no topo, demonstrou que toda a cultura de inovação valeu a pena e dificilmente deixará a empresa passar por problemas. Outros exemplos são a Tesla e a SpaceX, que demoraram alguns anos – e algumas centenas de milhões de dólares – para se consolidarem como empresas de sucesso. A cultura de inovação, mesmo sem resultados imediatos, valeu a pena nesses casos.

Conclusão

Apesar das barreiras que a inovação enfrenta, o cenário está melhorando em nosso país. Muitas empresas estão tentando inovar, investindo dinheiro nisso e, obviamente, correndo riscos. Temos um longo caminho para percorrer, mas conhecer os desafios e decidir enfrentá-los é uma questão cultural em muitas organizações. No final das contas, a inovação exige muito trabalho, e isso com certeza será recompensado no futuro.

Autor
Guilherme Tângari
CEO & Founder - Engenheiro e mestre em Inteligência artificial, e claro, curte um bom café.
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