O Papel do EBITDA na Gestão Financeira e Operacional das Empresas
O EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization) e a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) são indicadores financeiros essenciais para avaliar a saúde financeira de uma empresa.
A nossa convidada do “De Financeiro para Financeiro”, Luana Suavinha, vai explicar como essas métricas funcionam, sua importância para a tomada de decisões estratégicas e como elas impactam a gestão de empresas, especialmente em setores como SaaS.
Luana Suavinha é formada em Gestão Financeira e possui MBA em Finanças e Controladoria. Com ampla experiência em controladoria, ela se especializou em planejamento anual, modelagem financeira e projeções. Além disso, sua expertise inclui conciliação bancária, controle de fluxo de caixa e criação de dashboards gerenciais, com destaque para sua participação como Key User na implantação do ERP Oracle Netsuite, focado em contas a pagar e a receber.
Leia a seguir seu artigo completo!
O Papel do EBITDA na Gestão Financeira e Operacional das Empresas
Para gestores e profissionais da área financeira, o EBITDA e o DRE são conceitos essenciais na avaliação do desempenho da empresa. Afinal, essas métricas impactam tanto na gestão operacional e estratégica.
Para compreendermos melhor, vamos explicar a importância de cada um no cenário empresarial.
O que é a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)?
A DRE é um relatório financeiro que apresenta o desempenho da empresa em um período específico, mostrando a transformação da receita em lucro líquido. É por meio dela que se entende quanto a empresa realmente lucrou após todas as suas operações e obrigações financeiras.
Alguns dos principais componentes da DRE:
- Receita Bruta: Reflete todos os valores obtidos por meio de assinaturas e serviços prestados.
- Impostos sobre Receita Bruta: Tributos aplicados sobre as vendas, como impostos federais e estaduais.
- Receita Líquida: O valor que a empresa realmente fatura após descontar os impostos.
- Custos dos Serviços Prestados (COGS): Despesas com suporte, implantação e desenvolvimento de produtos.
- Despesas Operacionais: Gastos administrativos e comerciais, como marketing e salários do time de backoffice.
- Lucro Operacional: A receita restante após a subtração dos custos e despesas operacionais.
O que é EBITDA?
EBITDA é a sigla em inglês para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization, ou seja, Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização.
Esse indicador mede o desempenho operacional da empresa, focando nas suas atividades principais, sem considerar as variáveis financeiras, como o pagamento de dívidas ou impostos. Em outras palavras, o EBITDA dá uma visão clara de como a empresa está performando, desconsiderando efeitos que podem não refletir a operação do dia a dia.
Por que o EBITDA é importante?
Para uma empresa SaaS, por exemplo, o EBITDA é fundamental para avaliar a eficiência operacional e a capacidade de geração de caixa. Ele também facilita a comparação com outras empresas do setor, já que elimina as particularidades de cada negócio, como modelo de financiamento ou estratégias fiscais.
Como calcular o EBITDA?
A fórmula básica é: EBITDA = Lucro Operacional + Depreciação + Amortização + Exaustão
Por exemplo, se a empresa tem uma Receita Líquida de R$ 1.500.000, custos de R$ 900.000, despesas operacionais de R$ 400.000 e depreciação de R$ 100.000, o EBITDA seria calculado assim:
- Lucro Operacional: R$ 200.000
- EBITDA: R$ 200.000 + R$ 100.000 = R$ 300.000
Impactos do EBITDA na DRE
O EBITDA impacta diretamente diversas linhas da DRE, principalmente as relacionadas à receita, custos e despesas operacionais.
- Receita Bruta e Receita Líquida: Aumentar a base de clientes ou expandir os serviços prestados eleva a Receita Bruta e, por consequência, o EBITDA, desde que os custos sejam bem controlados.
- Custos dos Serviços Prestados (COGS): Processos eficientes e automações podem reduzir o custo de atendimento, suporte e desenvolvimento, melhorando diretamente o EBITDA.
- Despesas Operacionais: O controle sobre despesas comerciais e administrativas também é crucial. Campanhas de marketing eficazes e estratégias de retenção de clientes podem aumentar a receita sem aumentar de forma desproporcional os custos.
Diferenças entre EBITDA e Fluxo de Caixa
É importante entender que, embora ambos forneçam uma visão sobre a saúde financeira da empresa, o EBITDA não reflete diretamente o fluxo de caixa. Isso porque o EBITDA não considera pagamentos de dívidas, compra ou venda de ativos e outras movimentações financeiras que afetam o caixa da empresa.
O EBITDA é calculado na DRE que é a visão competência das receitas e despesas, o que não está ligado diretamente a saída de caixa, pois o pagamento pode ser depois, ou até mesmo parcelado.
Conclusão
Compreender o impacto do EBITDA na DRE é essencial para qualquer empresa que busca otimizar sua gestão financeira. Para líderes e gestores financeiros, focar em melhorar o EBITDA significa atuar diretamente na eficiência operacional, na redução de custos e no aumento de receitas de forma estratégica.
Além disso, o monitoramento regular desse indicador, aliado a boas práticas de gestão, pode proporcionar uma visão mais clara do desempenho da empresa e auxiliar na tomada de decisões informadas.
Esses conceitos, quando bem aplicados, podem garantir que a empresa continue crescendo de forma sustentável, sempre com um olhar atento sobre a eficiência e a rentabilidade.
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